Epidemiologia, Higiene e Saneamento do Meio Ambiente 240 Horas. A via das Ciências da Conduta ou da investigação epidemiológica, que acompanhavam, respectivamente, a Medicina Integral e a Medicina Preventiva, descentravam o enfoque estritamente biológico do processo saúde-doença. Incorporaram a complexidade biopsicossocial do indivíduo e sua inclusão nas relações familiares (na Medicina Integral). Por sua vez, o processo saúde-doença no seu campo ecológico e social, detectado através de uma história natural (na Medicina Preventiva), passou a ser analisado através de suas dimensões sociais e culturais, ainda que a partir de concepções restritas.
Esses modelos seriam substituídos, no decorrer da década de 70, por outras propostas de reforma médica (Medicina Comunitária) e pelo esboço de um projeto oriundo do movimento sanitário brasileiro. No plano do conhecimento, recusando os pressupostos das Ciências da Conduta, desenvolviam-se análises totalizantes, tomando como objeto as relações entre a prática médica, a estrutura e a dinâmica da sociedade capitalista e periférica; a natureza da intervenção do Estado na política de saúde; o trabalho e as instituições médicas; a determinação social do processo saúde-doença; incluindo especialmente as contribuições da Sociologia e da Economia Política.
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